sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Configuração do sistema elétrico subterrâneo

 
 

Conhecendo

a configuração de um sistema elétrico subterrâneo

As redes de transmissão elétrica subterrâneas, em compação às redes aéreas - que utilizam  os postes para passagem dos fios - tem vantagens estéticas, pois eliminam os fios suspensos, e técnicas, já que a linha ficam mais protegidas contra intempéries.
 
Na conversão de redes aéreas para subterrâneas, os eletrodutos e cabos elétricos podem ser enterrados em diversas configurações. Não há regulamentação do poder público quanto à forma de implantação e as próprias concessionárias seguem suas normas. Veja abaixo a configuração de um sistema de transmissão subterrâneo típico, segundo diretrizes da AES Eletropaulo.

1. Rede Primária

A rede primária conduz a corrente elétrica em maiores correntes de distribuição. Geralmente, está enterrada no primeiro terço da via. Os cabos elétricos passam por dentro de eletrodutos de polietileno de alta densidade (PEAD), de 5" a 6" de diâmetro, enterrados diretamente no solo,. Esses cabos são geralmente de alumínio, trifásicos e com isolamento. A tensão depende muito do local da rede. Antes de adotar o atual procedimento de enterrar os eletrodutos diretamente no solo, a AES Eletropaulo os envelopava em concreto. A principal razão para praticamente abandonar o envelopamento foi a rapidez de implantação: estima-se que o ganho em velocidade é de duas a três vezes. Os eletrodutos da rede primária são enterrados a 80 cm  da superfície, e procura-se manter 30 cm de distância da rede secundária e demais linhas de transmissão subterrânea.

2. Rede Secundária

Na rede secundária, as tensão já costumam vir bastante pelos transformadores. Os eletrodutos de cerca de 100 mm de diâmetro, ficam enterrados sob o passeio entre 40 e 60 cm de profundidade. Os cabos elétricos que percorrem os eletrodutos também são de alumínio e possuem total isolamento.

3. Câmaras para transformador e caixas de inspeção

Um sistema subterrâneo de transmissão elétrica, além dos eletrodutos também abriga câmaras para transformador e caixas de inspeção. Essas caixas, geralmente, monoblocos pré fabricados de concreto armado. Para o transformador, costumam ter 5 x 2,5 metros, com 4,5 metros de profundidade. Já os pontos de inspeção, tem, no geral, 4 x 2 metros e 3,5 metros de profundidade - a principal função destas caixas é fazer derivação da rede, emendas e conexões, além de poderem receber a instalação de equipamentos de menor porte da linha.
 

Método de escavação e passagem dos fios


Os eletrodutos podem ser enterrados por meio de escavação de valas ou por métodos não destrutivos, que reduzem as intervenções nas vias e danos aos solos, por exemplo. Antes que este tipo de trabalho é executado, sempre é realizado um estudo de viabilidade, que determina se o procedimento é possível ou não.

Tipo de sistema subterrâneo

Há vários tipos de sistema de distribuição elétrico subterrânea. O sistema secundário reticulado utiliza quatro alimentadores de média tensão - é um sistema antigo e, apesar de bastante confiável, tem custo, de implantação elevado e forma de operação complexa. O sistema primário seletivo opera de forma parecida com o reticulado secundário mas, no padrão da atual da AES Eletropaulo, utiliza apenas dois alimentadores - é um sistema muito usado em grandes empreendimentos como hospitais, shoppings e alguns condomínios. Em redes subterrâneas públicas em São Paulo, tem se utilizado o sistema radial com recursos - conhecido também como "anel aberto". Ele oferece boa confiabilidade e tem c usto de implantação menor e operação m ais simples que os dois primeiros.
 
Um bom exemplo que podemos notar, foi a revitalização da Rua Oscar Freire, ocorrido em 2006, onde todos os fios foram enterrados e resultou em uma paisagem muito mais agradável e com maior segurança das instalações.
 
 
 

 


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